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O maior medo que enfrentei numa viagem

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Durante minhas viagens pelo mundo já enfrentei muitos desafios que foram fundamentais em trazer mais aventura para minha vida. Muitos momentos de superação serviram para fortalecer minha capacidade de superar adversidades. Aliás, tornou-se minha profissão capacitar os profissionais nas empresas.

De todas as experiências que enfrentei sem dúvida nenhuma a mais arriscada e que não aconselho ninguém a fazer foi descer o Grand Canyon de mula no inverno.

Cheguei numa manhã no parque e fui direto ao hotel pegar informações sobre o passeio: Bright Angel Trail. Sempre sonhador, senti-me como num daqueles filmes passados nas montanhas quando entrei na recepção do hotel. No balcão, havia algumas fotos de mulas descendo por estreitos atalhos nas rochas, durante o verão.

A descida é concorrida, é necessário um ano e meio de antecedência para reserva, para meu “azar” alguém havia desistido.

Fui alertado sobre os perigos por um Cowboy que seria nosso guia. Não prestei muita atenção em suas dicas e me arrependi muito. Recebi uma vareta para usar caso a mula empacasse e deveria ficar muito atento. Ele dizia “Quando vocês pararem, voltem a cabeça do animal para o abismo. Vendo-o, ele ficará com medo e não pulará, se por acaso tiver algum sobressalto. A mula, ao caminhar, concentra-se nas patas da que vai à frente. Por isso, todos são responsáveis pelos outros, porque qualquer erro pode fazer com que os animais que vêm atrás se inquietem.”

Fomos a um curral para novas instruções, quando ele deu a ordem de partir, dei uma bobeada e fiquei em penúltimo na fila. Péssima escolha, ninguém poderia errar e teria que confiar em mulas.

A descida era lenta. Os passos eram milimetricamente estudados. Avista… essa era de tirar o fôlego, tanto pela beleza como pelas condições climáticas. Como era inverno, a trilha estava completamente tomada pela neve, o que tornava a tarefa das mulas mais difícil. A certa altura, deveria fazer uma curva estranha. A cabeça do animal ia mais à frente, como se estivesse para cair. Fiquei ansioso. Mas era o percurso correto. É como estar num trem numa serra muito estreita, entre penhascos e abismos.

A mula pisava em falso algumas vezes, por causa da neve fofa. A sensação de ter um paredão de rocha de um lado e do outro um abismo de dois quilômetros não chega a ser tranqüilizante. Naquele instante, todas as instruções me vieram à cabeça como um flash de máquina fotográfica. “Não errem”, “Não deixem de voltar a cabeça da mula para o penhasco”… Aquilo não era filme. Se eu caísse, não tinha jeito de contar depois que eu me agarrei a um milagroso galho no meio do caminho. Só havia duas verdades: a emoção e o abismo.

Estava encurralado. Não havia mesmo como sair dali. O medo chegava mais forte a cada vez que as patas da mula pisavam claudicantes na neve. No auge do nervosismo, avistei os primeiros da fila, com olhares deslumbrados diante da paisagem.

A descida durou duas horas e meia. A cada trinta minutos, parávamos, para que as mulas pudessem descansar e tomar fôlego. A vegetação era a mesma dos filmes de faroeste: rala e coberta de neve, com um tom acinzentado. Na beira da trilha, veados se aproximavam curiosos. Olhavam para nós como se dissessem “boa sorte”.

Atingimos finalmente um platô largo, onde a possibilidade de descida se esgotava. Dali para a frente, o abismo era intransponível. Olhei para o rio Colorado, que passava bem abaixo de onde estávamos. Naquele momento de alívio e angustiado procurei relaxar. A subida foi outro sofrimento com as derrapadas constantes das mulas. Terminei com a certeza de que nunca mais faria esse passeio novamente.

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