Em Oslo o incrível Parque Frogner tem que estar em seu roteiro

O albergue em que nos instalamos em Oslo era coisa de cinema. No café da manhã, havia até salmão defumado na mesa. Uma casa de campo no meio da montanha, que tinha até piano bar. Ficava em um subúrbio e para chegar era preciso ir de trem, embora a capital norueguesa seja multo, multo pequena.

Devidamente instalados, saímos para conhecer o lugar. De fato, o porto é muito marcante para a vida naquela cidade de 500 mil habitantes, como outros viajantes já tinham me alertado. Pudera: é sua principal porta para o mundo. É assim desde a era viking, quando o povo chegou até a América, pelo menos 500 anos antes de Cristóvão Colombo.

Pudemos conferir tudo isso nos museus da Península Bygdoy. Há o Museu Kon Tiki, cuja estrela é um barco usado pelo intrépido Thor Heyerdahl, navegador que atravessou o Pacífico do Peru às Ilhas Polinésias. O Museu Viking, com barcaças do século IX, e o Museu Fram, com mais uma embarcação usada em explorações marítimas, desta vez em direção ao Ártico e à Antártica, ainda no século passado.

O mais surpreendente na cidade, sem qualquer sombra de dúvida, é o Parque Frogner. Ali há mais de uma centena de esculturas de um maluco chamado Gustav Vigeland. Boa parte delas traz homens e mulheres nus em plena prática sexual, especialmente em posições heterodoxas. Nem o sexo oral fica de fora. Não é o tipo de praça que deixaria uma avó à vontade para dar milho aos pombos.

A viagem para a Suécia foi deslumbrante. Uma das contra-indicações em viajar durante as noites, como fiz na maior parte de minha viagem, para economizar hospedagem, é perder o visual. Passar pelo trecho Oslo-Estocolmo à noite, por exemplo, seria uma pena. Aquele cenário nórdico enche os olhos. Passamos por lagos imensos, inteiramente congelados. Vimos muitos pescadores que têm que furar o gelo para enfiar seu anzol na água. Nunca tinha visto nada como a floresta gelada da região, com enormes pinheiros parecendo chorar, as gotas congeladas na ponta de cada ramo. As montanhas, muito altas, cobertas de neve. A rota do trem passa por enormes precipícios e vilarejos que parecem sem contato com o mundo.

Cidades na Noruega

Oslo